O mês de janeiro caminha para o fim, e com ele a campanha Janeiro Branco, porém, cada vez mais se torna importante a atenção contínua e integral à saúde mental.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que aproximadamente 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum problema relacionado à saúde mental, sendo 14% adolescentes. São dados que evidenciam a necessidade de um cuidado constante, para todas as pessoas, independente da idade.
A ideia de constância na atenção à saúde mental vem para que possamos transformar o cenário atual, reduzindo a necessidade de remediar, à medida em que é aumentada a prevenção aos fatores que impactam negativamente na saúde física e psíquica.
Para que essa conscientização tenha efeito, se faz necessário pensar na complexidade humana e como o sofrimento psíquico pode ser multifatorial, uma vez que, questões como vulnerabilidade econômica e social, relações interpessoais desgastantes, condições de trabalho abusivas e falta de acesso à condições de garantias essenciais, influenciam diretamente a saúde mental.
Dessa forma, o encaminhamento à psicoterapia não é o suficiente quando nos deparamos com um indivíduo adoecido psiquicamente sem que seja analisado seu contexto, o que torna a saúde mental assunto também das políticas públicas, uma questão social e comunitária, para além dos consultórios e divãs.
Ainda que o mês dedicado a este tema esteja se encerrando, somos convocados a refletir e repensar quais cuidados temos tomado conosco e com o outro, quais as possibilidades para que a atenção à saúde psíquica e física seja uma realidade durante todo o ano. Que possamos nos implicar de janeiro a dezembro com a nossa saúde mental e com a de quem nos rodeia, pois, mesmo que cada vivência seja individual, somos feitos e refeitos do todo, nos pares, no coletivo!